Pesquisa no Reino Unido relata efeitos de exposição à mídia e relação com consumo
Televisores e computadores são as “babás eletrônicas” de uma geração de crianças que está perdendo tempo com a família e se tornando mais materialista, afirma uma nova pesquisa.
O estudo mostra um quadro das crianças que têm gastado cada vez mais tempo vendo TV e navegando na internet em seus quartos, sem supervisão de adultos.
A pesquisa do Conselho Nacional de Consumo, executada no Reino Unido, foi baseada em questionários completados por 557 crianças entre nove e 13 anos, em escolas das áreas 15% mais beneficiadas e das 15% mais desprovidas do país.
Metade das crianças de famílias com melhores condições possui televisões em seus quartos, contra 97% daquelas entre nove e 13 anos em áreas com menos condições.
Crianças de áreas mais pobres são seis vezes mais prováveis a assistirem TV durante a refeição, e cerca de um quarto dos jovens deste grupo admitiram assistir TV quase todos os domingos na hora do almoço, contra uma em cada 30 crianças com melhores condições. A pesquisa relaciona o maior tempo vendo TV à maior exposição a propagandas e níveis mais altos de materialismo.
Segundo o site do jornal “The Guardian”, os autores também acharam que crianças materialistas eram mais prováveis que outras a discutir com sua família, não ligar para a opinião de seus parentes e sofrer de baixa auto-estima.
“Com muitas crianças assistindo TV ou navegando na internet quando acordam, enquanto tomam café, depois da escola, durante o jantar e antes de ir dormir, temos que perguntar se a tela eletrônica se tornou a nova babá”, afirmou Ed Mayo, um dos autores.
Os pequenos com menos recursos eram os mais prováveis a assistir comerciais televisivos e programas feitos para uma audiência mais velha - eles têm maior acesso sem supervisão dos pais à internet e televisão. Além disso, os programas de TV feitos para crianças têm perdido o apelo com seu público, que afirma preferir novelas e reality shows.
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